terça-feira, 20 de abril de 2010


ZUMBILÂNDIA
(Zombieland, EUA, 2009)

direção: Ruben Fleischer

atores: Woody Harrelson , Jesse Eisenberg , Emma Stone, Abigail Breslin , Amber Heard

duração: 88 min


ESTE LUGAR ESTÁ TÃO MORTO

ZUMBILANDIA veio pra quebrar o gelo. É uma comédia adolescente com temática de terror. A história é contada a partir do ponto de vista de Columbus interpretado por Jesse Einsenberg (aliás, foi só eu, ou alguém também teve a impressão de que estava vendo Michael Cera?). O protagonista/heroi da vez é um adolescente estereotipado nerd, virgem, tímido e 'super-do-bem' que ainda está vivo graças as suas regras de sobrevivência contra ataque zumbi. Logo de início ele conhece um texano brega e durão que adora matar zumbis: Tallhasse, vivido pelo sempre ótimo Wood Harrelson (Assassinos por Natureza). Juntos eles vão em direção a um lugar que está livre da infecção. Durante o trajeto conhecem duas garotas que passam a fazer parte do grupo. As personagens delas são tão sem peso que nem tem muito o que dizer. Temos a adolescente rebelde chamada Whichita (Emma Stone) e a irmã caçula Little Rock interpretada pela talentosa Abigail Breslin (Pequena Miss Sunshine) que faz direitinho seu papel.





O filme empolga com sua abertura estilosa e criativa. Ao som de 'For Whoom The Bells Tolls' do Metallica, o diretor estreante Rubem Fleischer, nos apresenta belas e nojentas sequências de pessoas sendo atacadas por mortos-vivos isanos e famintos, tudo com uma camera lentíssima e rica em detalhes, mostrando o 'bom gosto' da produção. Destaque para mulher que voa pelo parabrisa do seu carro.

O humor tenta ser refinadinho e até que é engraçadinho, mas nada que nos faça gargalhar ou coisa do tipo. Na verdade, o legal de ZUMBILANDIA está na estética visual. Maquiagens e efeitos especiais muito bem cuidados, realistas e bem sangrentos, o que eu não esperava de um filme bobo como esse. Em certos (muitos) momentos é impossível não lembrar de jogos como Left4Dead, até porque, assim como no filme, também são 4 personagens sobrevivendo de modo cooperativo pra garantir a sobrevivência. A melhor sequência talvez seja a do supremercado, que é muito bacana e criativa. Mas infelizmente, quando começa a querer ser serio e sentimental, o filme perde um pouco o rítmo, até que a presença inesperada e ilustre do grande Bill Murray (Caça-Fantasmas), interpretando ele mesmo, nos 'acorda' pra o filme novamente hahaha... Pra quem não assistiu, manterei a surpresa sobre o desfecho dessa aparição memorável. Pena que após isso o filme tenta ser sério e cai novamente, voltando a animar apenas na frenética sequência final.


Em fim, méritos para a visão 'otimista' do roteiro que nos mostram personagens que, apesar do caos apocalíptico que estão vivendo, tentam se divertir e se adaptarem a nova realidade com um certo otimismo. Com um desfecho normal e previsível, ZUMBILANDIA é legal, mas não pra ver várias vezes. É impossível não compará-lo ao superior TODO MUNDO QUASE-MORTO (Shawn Of The dead, 2004) já que ambos tem exatamente a mesma proposta, com o diferencial de que, apesar do baixo orçamento, seu antecessor nos apresentou muito mais situações engraçadas e reflexivas. É uma pena que ZOMBILANDIA não seja tão divertido quanto esperado, apesar de ser bonzinho e tecnicamente muito bem feito.

P.S: Tem uma cena adicional após os créditos finais, mas aviso logo que é bem desnecessária e chata.

Nota: 3 (de 5)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SEXTA-FEIRA 13


"BEM-VINDOS A CRYSTAL LAKE"

Titulo original: Friday the 13th
Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Marcus Nispel
Elenco: Jared Padalecki, Danielle Panabaker , Amanda Righetti , Travis V
an Winkle, Aaron Yoo

sinopse:
Clay (Jared Padalecki) vai à misteriosa floresta de Crystal Lake, em busca de sua irmã desaparecida. Lá ele encontra restos de velhas cabanas, aparentemente abandonadas. Apesar de ser avisado pelos oficiais e habitantes locais, ele resolve explorar o local juntamente com uma jovem, que está em um grupo que se formou para passar um final de semana de aventuras. O que eles não esperavam era encontrar Jason Voorhess (Derek Mears), o assassino da máscara de hóquei.

O 'remake' agora é moda, ou seja, Hollywood está esgotada. A falta de criatividade da industria mais comercial do cinema mundial é fato, e essas buscas por refilmagens de clássicos como O MASSACRE DA SERRA-ELÉTRICA e HALLOWEEN, ou mesmo de filmes atuais como os asiáticos O GRITO, O CHAMADO, OLHO MALDITO, e até europeus, como o recente REC. O pior é que essas refilmagens nem respeitam mais a linha do tempo, o filme pode ser lançado em alguns meses e eles já começam a refilmar em Hollywood, que é o caso do ótimo filme sueco DEIXE ELA ENTRAR. O escolhido da vez é o clássico 'slash-movie' SEXTA FEIRA 13, que vem 2 anos após a refilmagem literal e sem maiores danos do também clássico HALLOWEEN por Rob Zombie.

Nota do autor: Bom, se acham que o conteúdo que você está prestes a ler pode conter 'spoilers', discordo desde já, eu os veria como 'alertas'. Filme é uma bosta, cansativo e sem graça alguma.

JASON VOOHERS
O serial Killer da vez é nada mais nada menos que Jason Voorhees, o garotinho retardado que 'morre' afogado por descuido dos monitores de um a colônia de férias em Crystal Lake e retorna para vingar a morte de sua mãe, Pamela Voorhees, assassinada (decapitada) por uma monitora sobrevivente da chacina feita pela própria Pamela, em vingança pela morte de seu filho Jason. Ao contrário de toda a saga, vemos um Jason bem 'na dele'. É isso mesmo, ele só ataca, segundo essa versão, se invadirem sua área.Também vemos um Jason solitário, que até guarda refem(?). Jason se mostra bem sagaz ao preparar armadilhas, que além de ter um cativeiro(?), constrói passagens subterraneas(?) e até limpa a cena do crime(?). Pena que ele não é tão criativo para as mortes, dessa vez, mas ele até surpreende ao acertar uma flechada a uma distancia considerável. Esses elementos tiram aquela motivação raivosa e descontrolada que virou ícone do estilo e deu a imortalidade ao assassino da máscara de hóquei.

Esse 'novo' Jason só impressiona visualmente, a sua presença continua assustadora e ele continua aparecendo repentinamente por tras das pessoas, acompanhado por um 'pam!' sonoro que acorda qualquer um durante a projeção. Ah, vale dizer que ele agora é 'justo', parece que ele mata em ordem de merecimento, como as vítimas pagassem pelos seus defeitos. Além de patético, isso tá mais para o assassino Jigsaw do JOGOS MORTAIS do que pra Jason Hoohers.

O filme irrita com closes exagerados e cenas confusas, como em video clipes musicais, nada é mostrado direito, lembrando as cenas '15-tomadas-por-segundo' dos filmes do Michael Bay, que inclusive é o produtor desse filme. A direção ficou a cargo de Marcus Nispel, veterano diretor de clipes musicais (tá explicado o que falei anteriormente), que recentemente dirigio o 'remake' de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, também produzido por M. Bay. O filme erra ao mostrar a 'rotina' do assassino, tirando assim o clima de mistério, transformando-o em um mero homem solitário que mora na floresta. Ponto positivo para a fotografia que nos leva ao bom e velho clima assustador da floresta envolta em névoa.

Quem foi assistir, como eu, esperando ver uma carnificina gráfica na telona descepcionou-se. As mortes são poucas e nada criativas, o que para um filme 'slasher' é um ponto muito negativo. Mas em compensação, já o sexo volta com tudo, coisa rara nos filmes do genero atuais, lembrando os filmes oitentistas onde sempre tinha uma gostosa que iria tomar banho nua no lago sozinha a noite, longe de casa, e isso é um lado positivo, pelo menos isso hahahaha.

Por falar nisso, parece que nos EUA as cenas 'eróticas' foram cortadas da versão pro cinema, mas as violentas não. Ver degolação pode, peitinho não. Vai entender!

Em suma, não recomendo. Isso tá mais pra 11ª parte do que pra uma 'reivenção'. Se você for ver, pelo menos tem peitinhos pra aliviar tédio.

Nota: 5/10

terça-feira, 11 de agosto de 2009

HALLOWEEN, O início (EUA, 2007)


Título Original:
HALLOWEEN

Roteiro/Direção:
Rob Zombie

Elenco:
Malcolm McDowell, Brad Dourif e Daeg Faerch


Como fã de filmes de terror, entendo que os clássicos devem ser respeitados. Mas tudo tem limite. Podem me crucificar pelo que eu vou dizer, mas Halloween é uma bosta. E eu estou falando do filme original de 1978, dirigido por John Carpenter. De bom mesmo, só a aquela musiquinha sinistra.

Por isso, apesar de odiar refilmagens, me empolguei quando fiquei sabendo que Rob Zombie iria dar vida nova a Michael Myers. Achei que Rob, depois de fazer bons filmes com pouca grana, iria arrebentar tudo dessa vez. Ele teria um personagem conhecido mundialmente para trabalhar e ainda a grana da Dimension Filmes.
Mas eis que Halloween - O Início (Halloween EUA, 2007) decepciona consideravelmente.

O filme de John Carpenter apresentava um serial killer mascarado que saía matando a torto e a direita. O espectador não sabia quem diabos era o cara, nem o que ele queria. Na nova versão, Rob Zombie nos apresenta o passado de Michael e tenta mostrar o motivo da sua loucura. Tudo isso para criar uma aproximação maior do personagem com o público. Idéia louvável, os problemas foram os clichês.



E eles são muitos. Michael Myers vive em um ambiente familiar tumultuado. A mãe é stripper, o padrasto é alcoólatra e vagabundo, e sua irmã é a vadia da escola. No centro desse trio de ferro estão o jovem Myers e a sua pequena irmã caçula Laurie, o único dos Myers por quem o moleque sente algum sentimento bom. Então o garoto escolhe um dia do Halloween e resolve apavorar. Começa matando um menino que o ameaça na escola e, à noite, desconta sua fúria na família. Menos na sua irmã pequena e na sua mãe, que chega depois que os crimes aconteceram. A partir daí, começam as explicações sobre o comportamento de Michael Myers. Quer dizer, o filme finge mostrar isso. Não há explicação nenhuma. Apenas várias e várias cenas com consultas do psicólogo (interpretado por Malcolm McDowell, que atua tão mal que parece que está com vergonha de estar em cena).

Se a idéia era mostrar “O Início”, ficou só na idéias mesmo.

O resto do filme é igual ao anterior. Depois de adulto, Michael Myers foge do hospital psiquiátrico, volta à sua cidade natal, coloca uma máscara e toca o terror. Nem as mortes dos personagens trouxeram algo de novo.
Depois de ver esse filme, eu tive vergonha de ter acreditado que uma refilmagem seria legal.

E a crítica acabou aqui. Nota: 4/10


Nota do Editor: Halloween - O Início estreou nos EUA no ano passado e só no dia 23 de julho chegou aos cinemas brasileiros. Alguém pode avisar ao pessoal das distribuidoras que essa demora em trazer o filme para cá acarreta em pirataria? Por que esse filme já tava na internet há tempo. Eu mesmo baixei.

Por Geraldo De Fraga (http://infernorama.zip.net)

quinta-feira, 5 de março de 2009

AS STRIPPERS ZUMBI (EUA, 2008)


Título Original: 
Zombie Strippers

Roteiro/Direção:
Jay Lee

Elenco: Jenna Jameson, Robert Englund, Shamron Moore, Roxy Saint, Joey Medina e Penny Drake


"ELAS VÃO DANÇAR POR UMAS GORGETAS, MAS VÃO TE DEVORAR DE GRAÇA"

Pra começar, vou falar sobre a atriz principal desse filme que tem tudo a ver com o seu título. Jenna Jameson é uma veterana atriz pornô americana, logo, ficar nua toda ensanguentada e trepando num filme não é problema pra essa 'moça'. AS STRIPPERS ZUMBIS é escrito e dirigido por Jay Lee, bom, quem é esse cara? É o roteirista e diretor de filmes trash assumidos, como seu anterior O MASSACRE e o intrigante THE AFFAIRS OF GOD (sem título em português) que esse tem o slogan singelo que diz literalmente "Se Deus fudesse sua esposa, você ficaria puto também". Ah, não posso esquecer da presença muito duvidosa do já conhecido Robert Englund (mais conhecido como Freddy Krueger). Bom, acho que já deu pra sentir o clima que esse filme tem.


Sinopse oficial:
Quando uma agência governamental secreta deixa escapar um vírus mortal que provoca a reanimação dos mortos, o primeiro local a ser atingido é um clube de strip-tease da moda. quando uma das strippers é infectada com o vírus, transforma-se numa zombie stripper sobrenatural que come carne humana, o que a transforma na estrela do clube. 

Os personagens:
Temos um pelotão do exercito americano que é nos apresentado logo no inicio do filme, e que nem vale a pena ser descrito aqui em detalhes. Tem o médico responsável pelo vírus, e que também, não tem nada de interessante a ser dito sobre ele. Finalmente, temos as strippers. São elas: Kate (Jenna jameson), estrela do lugar; Jeannie (Shamron Moore) a rival da kate; Sox (Penny Drake), Lilith (Roxy Saint) que é a gótica delas; Gaia (Whitney Anderson); Jessy (Jennifer Holland) a novata do interior; Berengé (Jeannette Sousa) a complexada e politicamente correta; e finalmente Ian (Robert "freddy Krueger" Englund) que é o dono do bar. Temos o apresentador das garotas e o 'faz-tudo' mexicano, Paco.


O Filme:
Bom, o lance é o seguinte: O governo americano é mais uma vez liderado por G.W.Bush e tem como seu vice presidente ninguém menos que Arnold Schwarzenegger, e que tudo de contexto erótico passa a ser proibido em todo o país. A confusão toda começa devido a um vírus, criado pelo governo, que tem a propriedade de re-animar tecido morto é liberado acidentalmente, e daí por diante começa a desgraceira. Uma unidade do exercito, chamada de Z-Squad (Esquadrão-Z), é logo chamada para evitar que os zumbis saiam do laboratório de testes e ganhe as ruas da cidade, só que um deles é mordido durante a missão e foge escondido, temendo ser executado pelos colegas. Esse soldado, de uma forma muito, mas muito duvidosa mesmo, cai num palco de uma boate e lá ele faz sua primeira vítima: Kat (Jenna jameson).


Segundo uma explicação ridícula, as mulheres infectadas viram zumbis comuns sedentas por carne humana, mas com a diferença de terem consciência, ou seja, falam e etc. E ela parece dançar muito melhor sendo uma zumbi, o porque? Não me perguntem! Uma das cenas legais é uma que a stripper principal, Kat (Jenna Jameson), após seu primeiro strip já zumbi, leva um mané (sim, porque apesar dela está toda ensanguentada e rosto de vampira morta, ele parece não botar fé que ela não está normal) ao quartinho pra comer a loira gostosa e lá após ela fazer um 'charme' pro rapaz, ela de repente morde o pinto do rapaz e come. Em outro momento, a zumbi gótica, Lilith, rasga a cabeça de outro, que também não percebe nada estranho, abrindo a boca dele até a garganta, ao bom e velho estilo Didi Mocó de tentar suicidio, que logo é apelidado de 'zumbi babão' pelo dono da espelunca. Isso é hilário e bem feito, hahaha...

Uma sequência peculiar é a que a Kate e a sua rival, bem mais gostosa, Jeannie (Shamron Moore) começam um 'duelo' de dança/strip, que nem a beleza delas salva essa cena, onde acabam em se desmembrarem entre si, com direito até a bolas de sinuca serem arremeçadas pela vagina da Kat. Tem muito sangue e peitões, pelo menos isso.

O filme é repleto de piadinhas, que falham na maioria das vezes, como mostrar a stripper Kat lendo 'a obra completa de Nietchze' enquanto viva, mas só depois de zumbi é que ela diz que tudo o que ele diz faz agora sentido. O jeitão caricato de Paco, as frescurites de Ian (Robert "freddy Krueger" Englund) e a inocência de Jessy, são coisas que não convencem. Os pontos altos são algumas falas das zumbis, que soam como as de filmes clássicos de terror, como quando Kat é questionada pelas colegas como é ser uma morta e ela responde, fazendo caras e bocas: Eu nunca me senti mais viva!  


AS STRIPPERS ZUMBI é, na verdade, um filme de 'terrir' (terror + comédia), que decepciona. O roteiro é fraco e as piadinhas piores ainda. Os pontos positivos são mesmo para os efeitos gores (desmembramentos, estripações e etc), e algumas strippers que passam 70% do filme semi nuas, apesar da falta de sexo. O grande problema desse filme é que nenhum personagem é cativante o bastante pra ficar na nossa memória por mais de 30min após o fim. É um filme que empolga ao ver o cartaz, mas não passa disso. Assim como o melhorzinho "Planeta terror", de Robert Rodriguez, é só mais um filme querendo ser 'cult' à força.

Nota: 6/10 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O SEGREDO DO CÉU

Título original: Night Skies
EUA, 2007

Direcção: Roy Knyrim
Roteiro: Steve B. Harris

Elenco: Jason Connery (Richard); A.J. Cook (Lilly); George Stults (Matt); Ashley Peldon (Molly); Joseph Sikora (Joe); Gwendoline Yeo (June); Michael Dorn (Kyle); Jerry L. Jackson (pregador da Rádio); John McCain (ele mesmo)





“Seis pessoas foram aterrorizadas. Duas foram abduzidas. Apenas uma sobreviveu para contar a assustadora verdade.”


O filme começa logo com um pequeno pronunciamento do o Senador John McCain, que perdeu as eleições para presidente dos EUA recentemente, sobre o aparecimento das misteriosas luzes no céu do Arizona em 13 de março de 1997. Artifício usado para causar uma certa tensão no telespectador e reforçar a premissa de que tudo que irá ser mostrado é de fato uma reconstituição fiel dos acontecimentos, dos quais foram relatados pelo sobrevivente através de hipnose e regressão anos após o choque de tal experiência.

Nossos personagens são 5 jovens viajando numa van, Matt (George Stults) e Lilly (A.J.Cook,"Premonição 2"), Joe (oseph Sikora) e June (Gwendoline Yeo) e a irmãzinha mais nova do Matt, Molly. Enquanto Matt dirige a van todos os outros, menos sua namorada correta e de bom senso que fica indo no banheiro vomitar de instante em instante, se divertem com piadinhas sacanas como o de costume. Temos também, Richard (Jason Connery), um ex-combatente, ex-prisioneiro de guerra, e ex-alcoólatra que se junta como única esperança real de sobrevivência para o que há por vir.

O diretor da vez é Roy Knyrim (Portão do Cemitério, filme altamente trash em que dois eco-ativistas libertam um demônio da Tasmânia assassino modificado geneticamente, que ataca um grupo de jonvens que filmam um filme caseiro sobre zumbis em um cemitério, é hilário hahahaha). Tem muito o que falar nele não, já que não tem nenhum filme de expressão em seu pequeno currículo de 4 filmes.

Vamos ao filme. As atuações são amadoras e algumas situações são muito mal contadas, como quando Matt sai sozinha na floresta escura pensando ter visto sua namorada Lilly, sendo supostamente atacado e depois retorna como se nada tivesse acontecido.

Durante a viajem, entre uma vomitada e outra, Lilly avista as luzes estranhas no céu, não avisa a ninguém, e fica olhando, e olhando, e olhando como se fosse normal, cerca de 7 luzes voarem uniformemente e em formação triangular sincronizadíssimas... Finalmente, ela resolve que aquilo é estranho, e avisa a todos, que começam a disputar a janela pra ver também, inclusive Matt, que esquece que tá dirigindo, não ver um veiculo parado no meio da estrada, causando um acidente que danifica a van, deixando todos presos no meio do nada. Para piorar a situação, descobrem que Joe caiu em cima de uma enorme faca que fica cravada até o cabo em suas costas, causando desespero geral. É aí que entra o nosso herói, Richard, dono do veículo que estava parado na estrada. Logicamente ele acaba sendo recebido com muita hostilidade, principalmente por Matt (novidade hein?), que pelo que deu pra notar não passa de um jogador, musculoso e sem cérebro. Por outro lado, a irmãzinha dele, Molly, já vai logo se engraçando pro lado do veterano, que cheio de cicatrizes faz um discurso sobre o quão difícil foi a vida e etc, ganhando assim o coração da adolescente.

Daí em diante o filme começa a ficar maçante, foca muito no desespero de todos com relação ao Joe, mesmo que sensato, isso deixou o filme cansativo, e se não fosse pelas aparições dos ETs, eu teria parado de assistir dalí mesmo. O filme melhora quando Matt e Richard decidem seguir em direção a uns cabos de energia, que logicamente levariam pra alguma casa para pedir ajuda, mesmo que no meio do nada, então começa a ter ação.

Algumas coisas são irritantes, como o fato de que eles estavam com uma câmera, da qual Joe ficava filmando sua namorada oriental durante a viajem, e não filmaram nadinha daquela situação, nem mesmo as luzes no céu. POOOOR QUEEEEEEEEE???????? Pensando bem,
isso é duvidoso, a não ser que essa câmera tenha sido encontrada pelas autoridades, caso contrário, a existencia dessa câmera foi uma infeliz idéia de quem escreveu o roteiro.

Os efeitos são básicos, pois é notório a falta de grana para realizá-lo. Os ETs não são em CGI (ainda bem, odeio o ET computadorizado e borrachudo do Indiana Jones 4), são fantasias mesmo, roupa e mascara, que por sinal são bem sinistras, meio toscas, é verdade, mas estavam legais hahahaha. A expressão dura e carrancuda dos ETs assustará crianças com certeza.

A conclusão é a óbvia: alguém sobrevive pra contar esses eventos. A dúvida é natural, já que muitas das coisas ali mostradas surgem como absurdas e podem ficar apenas como produto da imaginação do suposto traumatizado sobrevivente.

SEGREDOS DO CÉU é um filme que dá pra assistir na boa, que, apesar do seu ritmo arrastado e notório baixo orçamento, ganha pontos por não criar situações absurdas e exageradas dando mais veracidade aos fatos, conseguindo assim alimentar a imaginação de todos com relação aos eventos daquela noite de 1997 e interessados em seres extraterrestres.

Ah, durante os créditos finais, é mostrada uma filmagem original de câmera amadora das tais luzes de Phoenix.

Nota: 7/10


AS LUZES DE PHOENIX

Sobre as misteriosas luzes, de fato esse evento ocorreu e repercutiu muito na época, inclusive foi muito investigado. Os militares alegaram que eram foguetes sinalizadores, mesmo não provando nada por completo, apesar de pessoas centenas terem afirmado ter visto jatos militares perseguirem e até a interceptar um desses "foguetes sinalizadores", é essa a explicação oficial pra tudo isso. E para complicar mais ainda todo esse mistério, as luzes foram vistas por volta das 22h, mas o curioso é que há relatos de que um grande objeto de forma triangular e luminoso foi visto sobrevoando a cidade por volta das 20h da mesma noite, e o fato dessas luzes acabou por desviar a atenção do que poderia ser de fato uma espaçonave.

Se foi real ou não, ninguém sabe ao certo. O fato é que em 1997 uma formação organizada de luzes foram avistadas por uma população inteira e estranhos acontecimentos se seguiram naquela noite, que até hoje, não foram completamente esclarecidos. Com o passar dos anos outros registros em vídeo/fotografia têm sido feitos, mas não em tão grande escala como o daquela noite de 13 de março de 1997.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

SEED, Assassino em série (Canada, 2007)

Titulo Original: SEED 
Direção: Uwe Boll
Roteiro: Uwe Boll
Elenco: Michael Paré, Will Sanderson, Ralf Moeller, Jodelle Ferland, Thea Gill, Andrew Jackson

Sinopse: Sam Seed, um insano assassino, será executado na cadeira elétrica por Warden Wright. Segundo a lei, se ele sobreviver a três choques de 15 mil volts, estará livre. Depois de três tentativas de ser eletrocutado, com sangue fervente saindo pelos olhos, Seed ainda está vivo. Wright e o detetive Bishop concordam que, mesmo respirando, Seed deverá ser enterrado. Após conseguir chegar à superfície, Seed, encharcado de sangue e cheio de ódio, quer se vingar.

O filme começa nos avisando que cenas reais foram incluídas para nossa reflexão. Detalhe que no finalzinho do texto legal tem a assinatura da ONG de defesa dos direitos dos animais: PETA - People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais). E como não poderia ser diferente, imagens reais de animais sendo torturados (pisoteados, esfolados vivos e etc) aparecem na tela. Presume-se que seja no intuito de 'preparar' o espectador para o está por vir, certo? Errado, não teve serventia alguma.

SEED é mais um daqueles filmes que nos joga descaradamente supostos fatos reais. Neste caso, é a que em 1972, em Seatle, um assassino em serie chamado Max Seed foi preso após fazer 666 vítimas (foi o que me lembro de ter visto numa notícia de jornal numa cena) e que resistiu a cadeira elétrica, lembrando que foram duas descargas de 45 segundos de 15 mil Volts cada. Sendo assim, segundo uma suposta lei, o condenado que sobreviver a 3 descargas na cadeira elétrica ganha sua liberdade (qual sentido disso?), que é o que acontece. Óbviamente isso é balela, não existe essa lei e muito menos o serial killer 'zumbi'.

Escrito e dirigito por Uwe Boll (HOUSE OF THE DEAD, ALONE IN THE DARK, BLODRAYNE), SEED é um filme 'Slasher' que mistura SEXTA-FEIRA 13, HALLOWEEN e JOGOS MORTAIS da forma mais amadora e sem nexo possível. Porra, qual a lógica de enterrar 'vivo' (todo fritado com olhos estourados) um terrível assassino, se podem simplismente dar uma injeção letal, já que o legista já tinha concordado em assinar um atestado de óbito como a causa da morte sendo eletrocutado. Aposto que ninguém duvidaria, aliás, quem se importaria com um assassino cruel? Se fosse apenas isso, mas pelo que me lembro, a penitenciária era de segurança máxima, e como mostra o 'ressussitado' Seed passeando livremente pelo lugar sem ser notado? Ah, só pra lembrar, os olhos dele estouraram (é o que aconteceria) na segunda carga de 15 mil volts, mas mesmo asssim ele não parece ter problemas de vista durante todo o filme.

Os personagens, além do principais, são tão sem carisma que nem lembro de todos, não que os principais tenham carisma, na verdade, só lembro do lesgista e do carrasco Warden Wright (que odeia sua profissão) e o diretor do presídio, Arnold Calgrove, que também odeia sua profissão. O nosso herói da vez é o incorruptível policial Matt Bishop, vivido por Michael Paré (Ruas de Fogo), que prende o psicopata após uma operação de busca desastrosa. 

Temos o nosso vilão: Max Seed. Vivido por Will Anderson, é um psicopata aparentemente mudo que mata sem remorso algum e até filma tudo e de quebra faz umas edições na fase de putrefação dos corpos das vítimas. Lento e sem emoção, é uma mistura de Jason (Sexta-feira 13) e Myers (hallooween) e que gosta de fazer armadilhas, mostrando seu lado JigSaw (Jogos Mortais) da sua personalidade. Vítma de um insendio quando criança, Seed se torna uma máquina assassina.

Os efeitos gore são eficazes, até os em CGI. Destaque para a cena do martelinho de carne, onde acompanhamos uma senhora amarrada em uma cadeira sendo martelada na cabeça por Seed, que começa de leve e vai aumentando o grau dos golpes. A cena é estática, pois vemos o que a camêra do assassino filma. A sequencia com certeza chocará, pois além de realista, é demorada (cerca de 5min, o que cansa), causando agonia em quem tem estômago fraco. Alguns efeitos tiram a realidade da cena, como splashes exagerados de sangue pela parede que aparecem na parede e pelos estranhos tremores na imagem a cada golpe, como se ocorresse um pequeno tremor de terra nesses momentos. Ah, a sequencia em que ele massacra uns guardas também é chocante.

SEED, ASSASSINO EM SÉRIE é um filme que poderia ser melhor trabalhado, coisa que o diretor, além de situações sentido algum, disperdiçou muito tempo com flashbacks, policiais vendo 4 fitas na integra de 4 vítimas, sendo que uma na interga e um mix das outras já bastava para entendermos. O personagens fracos, e os furos do roteiro já mensionados no inicio do texto, tudo isso estragou e deixou o filme totalmente dispensável. Além do mais, o fim é frustrante e nada surpreendente. Espero sinceramente que não venha a ter um SEED 2.

Ah, umas curiosidades sobre o diretor Uwe Boll: Além de ser o irresponsável por bombas como HOUSE OF THE DEAD e ALONE IN THE DARK, Boll é freqüentemente criticado pela imprensa especializada em cinema e pelos fãs de jogos, já que ele gosta de adapta-los pra o cinema. Em 2006, lançou um desafio aos críticos: subir ao ringue para uma luta de boxe - ele, que já foi boxeador amador. Ele também Ganhou um abaixo assinado na internet pedindo que ele pare de fazer filmes. O filme mais recente de Uwe Boll foi EM NOME DO REI, com Jason Statham (CARGA EXPLOSIVA), e ae, vão encarar?

Nota: 4/10

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

AS RUÍNAS (EUA, 2008)

Título Original: The Ruins
Direção: Carter Smith
Elenco: Jonathan Tucker, Jena Malone, Shawn Ashmore, Laura Ramsey, Joe Anderson. 

A premissa de As Ruínas, é exatamente igual às de outras centenas de filmes de terror adolescente. Acompanhamos as aventuras de dois jovens casais, bonitos e de bem com a vida, curtindo férias em um lugar paradisíaco, que resolvem conhecer um local exótico, na companhia de desconhecidos que, assim como eles, não conhecem nada por lá.


Estamos no México. Um alemão boa praça convida nossos protagonistas para conhecer umas ruínas Maias, que segundo ele, são supersecretas, pois não estão nem nos mapas de guias turísticos. Chegando lá, eles são surpreendidos por uma turma de nativos que os cercam e os impedem de sair da pirâmide. Então eles ficam no topo da construção sem saber porquê estão sendo mantido ali. É aí que começa a história propriamente.

O enredo é simples. Cinco pessoas presas no topo de uma pirâmide enquanto são atacados por algo que sai da escuridão. Tudo isso sem poder fugir pois os nativos estão lá embaixo para impedi-los. O problema é esse “algo que sai da escuridão”. O vilão, o assassino, a força sobrenatural que avança contra nossos amigos... é uma planta!

Sim, caros leitores. Os enredos para filmes de terror estão tão desgastados que fizeram um filme sobre “planta carnívora”. Hahahah. E veja só, não é nenhuma produção Trash. A galera em dinheiro. Um dos protagonistas é aquele carinha que faz o Homem de Gelo na trilogia dos X-Men.


Os efeitos especiais são bons. É CG de primeira linha. Não só os efeitos das plantas se mexendo e atacando, como as cenas de morte e mutilação. A maquiagem está perfeita. Isso são pontos a favos para As Ruínas. Para que gosta de gore, há cenas bem hard cores.

Mas o roteiro fraquinho não impulsiona o filme. Veja bem, se a pirâmide é assim tão perigosa porque os nativos não a vigiam o tempo todo? Sim, porque a trilha que os leva até lá está apenas escondida com folha de coqueiros e eles chegam no local sem problema nenhum. Os nativos só aparecem quando os jovens estão aos pés da pirâmide. Também faltou mais explicação sobre a planta. Simplesmente é uma planta carnívora guardada pelos moradores da região. Só isso e pronto.

E como se não bastasse, o DVD trás um final alternativo que é muito, mas muito melhor do que o que ficou no filme. Porque essa cena foi cortada? Provavelmente por não ser um final feliz.
As Ruínas erra mais do que acerta. Mas se quiser arriscar, aqui vai uma última informação para o público masculino. Tem peitinhos.

por Geraldo de Fraga.

Nota: 5/10