sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

SEED, Assassino em série (Canada, 2007)

Titulo Original: SEED 
Direção: Uwe Boll
Roteiro: Uwe Boll
Elenco: Michael Paré, Will Sanderson, Ralf Moeller, Jodelle Ferland, Thea Gill, Andrew Jackson

Sinopse: Sam Seed, um insano assassino, será executado na cadeira elétrica por Warden Wright. Segundo a lei, se ele sobreviver a três choques de 15 mil volts, estará livre. Depois de três tentativas de ser eletrocutado, com sangue fervente saindo pelos olhos, Seed ainda está vivo. Wright e o detetive Bishop concordam que, mesmo respirando, Seed deverá ser enterrado. Após conseguir chegar à superfície, Seed, encharcado de sangue e cheio de ódio, quer se vingar.

O filme começa nos avisando que cenas reais foram incluídas para nossa reflexão. Detalhe que no finalzinho do texto legal tem a assinatura da ONG de defesa dos direitos dos animais: PETA - People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais). E como não poderia ser diferente, imagens reais de animais sendo torturados (pisoteados, esfolados vivos e etc) aparecem na tela. Presume-se que seja no intuito de 'preparar' o espectador para o está por vir, certo? Errado, não teve serventia alguma.

SEED é mais um daqueles filmes que nos joga descaradamente supostos fatos reais. Neste caso, é a que em 1972, em Seatle, um assassino em serie chamado Max Seed foi preso após fazer 666 vítimas (foi o que me lembro de ter visto numa notícia de jornal numa cena) e que resistiu a cadeira elétrica, lembrando que foram duas descargas de 45 segundos de 15 mil Volts cada. Sendo assim, segundo uma suposta lei, o condenado que sobreviver a 3 descargas na cadeira elétrica ganha sua liberdade (qual sentido disso?), que é o que acontece. Óbviamente isso é balela, não existe essa lei e muito menos o serial killer 'zumbi'.

Escrito e dirigito por Uwe Boll (HOUSE OF THE DEAD, ALONE IN THE DARK, BLODRAYNE), SEED é um filme 'Slasher' que mistura SEXTA-FEIRA 13, HALLOWEEN e JOGOS MORTAIS da forma mais amadora e sem nexo possível. Porra, qual a lógica de enterrar 'vivo' (todo fritado com olhos estourados) um terrível assassino, se podem simplismente dar uma injeção letal, já que o legista já tinha concordado em assinar um atestado de óbito como a causa da morte sendo eletrocutado. Aposto que ninguém duvidaria, aliás, quem se importaria com um assassino cruel? Se fosse apenas isso, mas pelo que me lembro, a penitenciária era de segurança máxima, e como mostra o 'ressussitado' Seed passeando livremente pelo lugar sem ser notado? Ah, só pra lembrar, os olhos dele estouraram (é o que aconteceria) na segunda carga de 15 mil volts, mas mesmo asssim ele não parece ter problemas de vista durante todo o filme.

Os personagens, além do principais, são tão sem carisma que nem lembro de todos, não que os principais tenham carisma, na verdade, só lembro do lesgista e do carrasco Warden Wright (que odeia sua profissão) e o diretor do presídio, Arnold Calgrove, que também odeia sua profissão. O nosso herói da vez é o incorruptível policial Matt Bishop, vivido por Michael Paré (Ruas de Fogo), que prende o psicopata após uma operação de busca desastrosa. 

Temos o nosso vilão: Max Seed. Vivido por Will Anderson, é um psicopata aparentemente mudo que mata sem remorso algum e até filma tudo e de quebra faz umas edições na fase de putrefação dos corpos das vítimas. Lento e sem emoção, é uma mistura de Jason (Sexta-feira 13) e Myers (hallooween) e que gosta de fazer armadilhas, mostrando seu lado JigSaw (Jogos Mortais) da sua personalidade. Vítma de um insendio quando criança, Seed se torna uma máquina assassina.

Os efeitos gore são eficazes, até os em CGI. Destaque para a cena do martelinho de carne, onde acompanhamos uma senhora amarrada em uma cadeira sendo martelada na cabeça por Seed, que começa de leve e vai aumentando o grau dos golpes. A cena é estática, pois vemos o que a camêra do assassino filma. A sequencia com certeza chocará, pois além de realista, é demorada (cerca de 5min, o que cansa), causando agonia em quem tem estômago fraco. Alguns efeitos tiram a realidade da cena, como splashes exagerados de sangue pela parede que aparecem na parede e pelos estranhos tremores na imagem a cada golpe, como se ocorresse um pequeno tremor de terra nesses momentos. Ah, a sequencia em que ele massacra uns guardas também é chocante.

SEED, ASSASSINO EM SÉRIE é um filme que poderia ser melhor trabalhado, coisa que o diretor, além de situações sentido algum, disperdiçou muito tempo com flashbacks, policiais vendo 4 fitas na integra de 4 vítimas, sendo que uma na interga e um mix das outras já bastava para entendermos. O personagens fracos, e os furos do roteiro já mensionados no inicio do texto, tudo isso estragou e deixou o filme totalmente dispensável. Além do mais, o fim é frustrante e nada surpreendente. Espero sinceramente que não venha a ter um SEED 2.

Ah, umas curiosidades sobre o diretor Uwe Boll: Além de ser o irresponsável por bombas como HOUSE OF THE DEAD e ALONE IN THE DARK, Boll é freqüentemente criticado pela imprensa especializada em cinema e pelos fãs de jogos, já que ele gosta de adapta-los pra o cinema. Em 2006, lançou um desafio aos críticos: subir ao ringue para uma luta de boxe - ele, que já foi boxeador amador. Ele também Ganhou um abaixo assinado na internet pedindo que ele pare de fazer filmes. O filme mais recente de Uwe Boll foi EM NOME DO REI, com Jason Statham (CARGA EXPLOSIVA), e ae, vão encarar?

Nota: 4/10